Finalizando o mês das crianças, fui convidada por mainha para tirar foto das princesas da Disney; Apesar de estarmos criando narrativas afro-centradas e eu me empolgar bastante com isso, os filmes da disney fazem parte do meu imaginário. Ariel sempre foi a princesa que eu mas gostei. Ela nasceu no mesmo ano que eu e era rebelde. E eu sempre fui apaixonada pelo movimento de nadar na água (que eu imitava correndo com papel higiênico pela casa, totalmente fina e elegante). Ariel traz em si uma inconformidade dos corpos que são monstruosos e admirados. São tantas mulheres que cabem no corpo de uma sereia - negras, gordas, trans. Aqui, eu resolvi não fazê-la ruiva. Por sereias que sejam multicor e sejam sempre inconformadas, sonhadoras.
Finalizando o mês das crianças, fui convidada por mainha para tirar foto das princesas da Disney; Apesar de estarmos criando narrativas afro-centradas e eu me empolgar bastante com isso, os filmes da disney fazem parte do meu imaginário. Cresci querendo ser uma dessas princesas (especificamente Ariel). Inevitavelmente lembrei de um momento muito doloroso. Uma matéria, onde uma criança negra era impedida de se fantasiar de Erza por outras crianças apenas pela personagem ser branca. No mundo da fantasia, podemos todas ser a princesa que quisermos. Inclusive a que possui "Olhos negros como a noite, lábios rubros como sangue" e que na história foi proclamada a mais bela de todas - e também a mais branca de todas. Ensinemos às crianças um mundo sem pré-conceitos. Permitamos que elas brinquem e reconstruam seus mundos de fantasia com mais liberdade. Deixemos que as crianças sejam felizes.
"Auto-exame é conhecer seu corpo. Uma expressão de amor próprio"
Fui chamada para fazer uma foto do "Outubro rosa". Sempre que penso nesse exame me vem a cabeça a necessidade de conhecermos quem somos. Auto-exame é isso, verificação tátil, olfativa visual e neural (dor) se há algo de diferente na sua mama. Mas auto exame é no corpo todo. Muito de tudo que nós temos pode ser atenuado se conhecermos nosso corpo e nos encaminharmos para um médico caso haja mudanças. Seu corpo é sem templo sagrado (não como um lugar imaculado, mas como um lugar que vc deve preservar). Conheça todas as partes de seu corpo - cabeça, boca, mama, ouvido, ânus, gônadas sexuais (vagina ou pênis), costas, pés, mãos, axilas, narinas. Tenha prazer em se ver. Isso não é frescura. É saber quem você é e como você está. Se cuidem. Se conheçam.
Me dá um pedaço do seu amor?
Só um pedaço mesmo
Não te quero inteira não
Não te quero toda
Nem de mais
Só aquele pedaço tosco
Lascado, quebrado, fodido, moído
Caído no chão, joelho ralado, doído
O pior pedaço não, nem o mais desimportante
Que isso ia ser te pedir o melhor do avesso
Mas de melhor num quero nada
Até porque eu não tenho nada muito bom pra dar
Então me dá se quiser um pedaço do seu coração
Um espaço, uma brecha, uma fenda, um vão
Um caco
Um caco de alguma vez que ele foi quebrado
Mas que cê nem lembra mais direito como, quando
Por quem mesmo?
É esse que eu quero
Dá pra mim esse caquinho
Essa lasca, essa ruína meio gasta
Mas não velha demais
Que a gente possa dizer arqueologia
Nem nova demais
A ponto de não ser quinquilharia
Esse caco que você jamais pensaria que alguém quereria
Pra uma coisa qualquer, ou que valesse um poema sequer
Esse retalho eu quero
Pra juntar com qualquer retalho do meu coração remendado
Embaixo de um dia besta de sol, só colocar um do lado do outro, assim, paradinho embaixo do sol do meio-dia
Pra deixar inda mais banal o zênite da mediocridade cotidiana do sol no meio do céu em baixo do dia
E depois sentar e observar como tudo, tudo mesmo, qualquer coisa brilha sob o sol, até um caco tosco
De vidro coronado meio arranhado
Que nem a maré das lascas do meu coração
O dicionário vai chamar essa coisa pouca, boba, pequena, comum, banal simples tola de amor
Os satélites, os drones, a NASA lá do alto
Vão ver essa coisa brilhar
Fragmentos do que a gente é buscando rejunte
E até as retinas que olharem vão quase cegar desse brilho fosco também
Mas tão brilho que vai ser esse sol, esses cacos, esse encontro
A calçada suja onde os cacos se deitam a plantinha nascendo no craquelado o concreto a rotina o gosto de sal do suor escorrendo pela testa o dia quase vai deixar de ser igual por um
Instante
Ou quase
E partilhar um segundo fundo assim
É quase se dar inteira pra alguém hoje em dia
Do jeito que as coisas andam tão quebradas né
(Quase, Tatiana Nascimento)
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